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Foto do escritorChristian Lo Iacono

A prática da oração | Parte II

Por isso, também eu, tendo ouvido a respeito da fé que vocês têm no Senhor Jesus e do amor para com todos os santos,

não cesso de dar graças por vocês, mencionando-os nas minhas orações.

Peço ao Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, que conceda a vocês espírito de sabedoria e de revelação no pleno conhecimento dele.

Peço que ele ilumine os olhos do coração de vocês, para que saibam qual é a esperança da vocação de vocês, qual é a riqueza da glória da sua herança nos santos

e qual é a suprema grandeza do seu poder sobre nós, os que cremos, segundo a eficácia da força do seu poder.



Uma rápida comparação dessa oração com as de Filipenses 1, Colossenses 1 e depois com Efésios 3 revela que Paulo costumava orar assim por aqueles a quem amava. Em Efésios 1, no final do v. 17, Paulo revela a grandiosidade e a importância da oração: para que tenhamos “pleno conhecimento dele” (NAA) ou para que “vocês o conheçam como devem conhecer” (NTLH).


É digno de nota o fato de que, em todos os escritos de Paulo, suas orações pelos amigos não contenham um pedido para transformar as circunstâncias. É certo que eles viviam em meio a muitos perigos e dificuldades. Enfrentavam perseguição, morte precoce por enfermidade, opressão por forças poderosas e separação de entes queridos. Sua existência era bem menos seguras do que a nossa hoje. No entanto, nessas orações não há pedidos por um imperador melhor, por proteção de bandos de saqueadores, nem mesmo por pão para a próxima refeição. Paulo não ora pelos bens que colocaríamos geralmente perto do topo da nossa lista de pedidos.


Isso significa que seria errado orar por tais coisas? Claro que não. Como Paulo bem sabia, o próprio Jesus nos convida a pedir pelo “pão nosso de cada dia”, e Deus haveria de nos livrar do mal. Em 1Tm 2, Paulo orienta seus leitores a orarem por paz, por um bom governo e pelas necessidades do mundo. Nas próprias orações, portanto, Paulo não está nos fornecendo um modelo universal, como Jesus fez. Antes, nelas ele revela o que pedia na maior parte das vezes pelos amigos: algo que acreditava ser a coisa mais importante que Deus podia lhes dar.


Que coisa é essa? Conhecê-lo melhor. E Paulo explica isso com riqueza de detalhes. Significa ter “os olhos do coração iluminados” (v. 18). No sentido bíblico, o coração é o centro que controla todo o ser. É onde ficam guardados os compromissos mais importantes, os afetos mais profundos e as esperanças mais básicas que controlam nossos sentimentos, pensamentos e comportamentos. Ter “os olhos do coração iluminados” por uma verdade particular significa permitir que ela nos penetre e de nós se apodere em profundidade, a ponto de nos transformar por inteiro como pessoa.


Em outras palavras, podemos saber que Deus é santo, mas quando os olhos do nosso coração são iluminados por essa verdade, então não só entendemos isso, cognitivamente falando, mas também emocionalmente consideramos a santidade de Deus magnífica e bela, e por vontade própria evitamos atitudes e comportamentos que o desagradem ou desonrem. Em Ef 3.18, Paulo afirma desejar que o Espírito lhes dê “poder para compreender” todos os benefícios passados, presentes e futuros que receberam ao crer em Cristo. Claro, todos os cristãos conhecem intelectualmente esses benefícios, mas o objetivo da oração vai além disso: ela pretende que eles desenvolvam um senso mais vívido da realidade da presença de Deus e de uma vida compartilhada com ele.


Paulo vê esse conhecimento mais profundo de Deus como algo mais importante para receber do que a transformação das circunstâncias. Sem esse senso poderoso da realidade de Deus, circunstâncias favoráveis podem levar ao excesso de autoconfiança e à indiferença espiritual. Quem precisa de Deus – seria a conclusão do nosso coração – quando tudo parece estar sob controle? E então, novamente, sem o coração iluminado, as circunstâncias desfavoráveis podem levar ao desânimo e ao desespero, porque o amor de Deus seria uma abstração em vez de a presença infinitamente consoladora que deve ser. Portanto, conhecer melhor a Deus é do que necessitamos acima de tudo, se pretendemos enfrentar a vida sejam quais forem as circunstâncias.


Desse modo, a principal preocupação de Paulo é com a vida de oração tanto pública quanto privada dos cristãos. O apóstolo acredita que o bem maior é a comunhão com Deus. Uma vida de oração rica, vibrante, consoladora, conquistada a duras penas é o único bem que possibilita receber todos os outros tipos de bens de modo correto e benéfico. Paulo não vê a oração como um simples modo de obter coisas de Deus, mas como uma maneira de obter mais do próprio Deus. Ela é uma luta para se apegar a Deus, como, na antiguidade, as pessoas se agarravam ao manto de um grande homem ao lhe fazerem uma súplica, ou como, nos tempos modernos, abraçamos alguém para demonstrar amor. Escreveu Isaías: “Não há ninguém que invoque o teu nome, que se disponha a apegar-se a ti” (Is 64.7).


Orando dessa maneira, Paulo estava pressupondo a prioridade da vida interior com Deus (isso não diz respeito apenas à vida de oração privada... a vida com Deus é cultivada pela adoração e pela oração pública e privada. João Calvino e outros reformadores deixaram claro que a oração e a devoção públicas, na assembleia cristã reunida, eram a base formadora que nos ensinava a orar a Deus e a nos comportar diante dele em particular. Michael Horton, ao descrever o entendimento de Calvino da vida cristã, escreve: “o ministério público molda a devoção privada, não o contrário” (Calvino e a vida cristã).


Portanto, Paulo estava pressupondo a prioridade da vida interior com Deus em seus escritos sobre a oração. A maioria das pessoas hoje baseia sua vida interior nas circunstâncias exteriores. Sua paz interior é baseada na avaliação que outros fazem delas e em sua posição social, aparência, prosperidade e desempenho. E os cristãos pensam isso tanto quanto todo o mundo. Mas Paulo está ensinando que, para os crentes, deveria ser o contrário. Senão, seremos açoitados pela maneira como as coisas estão acontecendo no mundo. Se os cristãos não basearem a própria vida no amor imutável de Deus, então terão de “aceitar como sucesso o que outros garantem ser sucesso, e entender a felicidade e até mesmo o próprio eu com base na opinião do momento. Eles tremem, e com razão, diante de seu destino” (Isak Dinesen, A fazenda africana).


Meus irmãos, se priorizarmos a vida exterior, nossa vida interior se tornará obscura e assustadora. Não saberemos o que fazer com a solidão. Sentiremos profundo incômodo em examinar a própria consciência, e será cada vez menor nossa capacidade de dar atenção a qualquer tipo de reflexão. E o que é ainda mais sério: nossa vida carecerá de integridade. Por fora, precisaremos projetar uma imagem de confiança, saúde e integridade espirituais e emocionais, enquanto por dentro podemos estar repletos de dúvidas a respeito de nós mesmos, ansiedade, autocomiseração e velhos ressentimentos. Contudo, não saberemos penetrar nos recônditos do coração, ver com clareza o que existe ali dentro e lidar com esses problemas. Resumindo, se não priorizarmos a vida interior, nós nos transformaremos em hipócritas. John Owen, teólogo inglês do século 17, escreveu uma advertência a ministros populares e bem-sucedidos: “O ministro pode encher os bancos da igreja, a lista de membros, a boca do púlpito, mas aquilo que ele é quando está de joelhos diante do Deus todo-poderoso, em secreto, isso é o que ele é e mais nada” (I. D. E. Thomas, A Puritan golden treasury).


Para descobrir seu verdadeiro eu, olhe para aquilo em que gasta tempo pensando quando ninguém está olhando, quando não há nada forçando você a pensar em alguma coisa particular. Em ocasiões assim, seus pensamentos de voltam para Deus? Quer ser visto como alguém feliz, positivo, mas será que costuma agradecer a Deus por tudo o que tem e louvá-lo pelo que ele é? Talvez você fale muito em como sua fé é “uma bênção” e no quanto você “ama de verdade ao Senhor”, mas se não costuma orar, será que tudo isso é mesmo verdade? Se não for feliz, humilde e fiel em particular diante de Deus, o que você quiser dar a impressão de ser por fora não corresponderá ao que você de fato é, e você adoecerá.


Antes de ensinar a oração do Pai-Nosso a seus discípulos, Jesus expôs algumas ideias preliminares, incluindo esta: “— E, quando orarem, não sejam como os hipócritas, que gostam de orar em pé nas sinagogas e nos cantos das praças, para serem vistos pelos outros. Em verdade lhes digo que eles já receberam a sua recompensa. Mas, ao orar, entre no seu quarto e, fechada a porta, ore ao seu Pai, que está em secreto. E o seu Pai, que vê em secreto, lhe dará a recompensa” (Mt 6.5-6). O teste infalível da integridade espiritual, diz Jesus, é sua vida de oração privada. Muitas pessoas oram por exigência de expectativas culturais ou sociais, ou talvez pela ansiedade provocada por circunstâncias difíceis. Aqueles que vivem de fato um relacionamento com Deus como Pai, no entanto, internamente haverão de querer orar e, portanto, orarão ainda que nada ao redor os pressione nesse sentido. Buscarão orar mesmo em tempos de aridez espiritual, quando não houver qualquer retribuição social ou empírica.


Priorizar a vida interior não significa levar uma vida individualista. Conhecer melhor o Deus da Bíblia não é coisa que se consiga sozinho. Envolve a comunhão da igreja, a participação na adoração comunitária, a devoção privada, assim como a instrução na Bíblia e a meditação em silêncio. E no centro das várias maneiras de conhecer a Deus está a oração tanto pública como privada.


Já ouvi alguém dizer que era capaz de inferir muita coisa sobre o relacionamento de alguém com Deus só de ouvir sua oração. Uma reação a essa fala pode ser a de nunca orar em voz alta perto dessa pessoa. Ora, é perfeitamente possível ser rebuscado, teologicamente perfeito e sincero nas orações públicas sem cultivar uma vida particular de oração que seja rica. Mas não se pode forjar o tom inconfundível de realidade que só vem de quem fala com Deus, e não para Deus. A profundidade da oração privada e a da oração pública crescem juntas.


É claro que quando pensamos em algo excelente pensamos também em suas dificuldades. Portanto, a oração deve ser uma das coisas mais difíceis do mundo. Porém, admitir que orar é muito difícil pode ser encorajador. Se você trava uma grande luta com isso, saiba que não está sozinho. O livro The still hour, um clássico sobre oração de Austin Phelps, teólogo americano do século 19, começa com o capítulo “A ausência de Deus na oração” e o versículo de Jó 23.3: “Quem dera eu soubesse onde encontrá-lo!” O livro de Phelps parte da premissa de que “a consciência da ausência de Deus é uma das circunstâncias constantes da vida religiosa. Mesmo quando as formas de devoção são observadas conscienciosamente, o senso da presença de Deus, como o Amigo invisível cuja companhia é uma alegria, não é de modo algum contínuo”.


O autor prossegue explicando as várias razões pelas quais há tanta aridez na oração e como suportar esse senso da irrealidade de Deus. A primeira coisa que descobrimos ao tentar orar é nosso vazio espiritual – uma lição crucial. Estamos tão acostumados a ser vazios que não reconhecemos essa condição como tal até que tentemos orar. Até começarmos a ler o que a Bíblia e outros dizem sobre a grandiosidade e a promessa da oração, não o sentimos. Enfim começamos a nos sentir solitários e famintos. Esse primeiro passo é importante para alcançarmos comunhão com Deus, mas é um passo que nos deixa desorientados.


Quando afinal nossa vida de oração começa a florescer, os efeitos podem ser notáveis. Podemos nos encher de autopiedade e acabar justificando o ressentimento e a raiva. Mas quando nos sentamos para orar, a reorientação que acontece diante da face de Deus revela a pequenez dos nossos sentimentos num instante. Todas as nossas justificativas caem por terra, aos pedaços. Ou podemos nos encher de ansiedade e, durante a oração, de repente nos perguntarmos com o que estamos tão preocupados. Rimos de nós mesmos a agradecemos a Deus por quem ele é e pelo que tem feito. Pode ser dramático assim. É a clareza revigorante de uma nova perspectiva. Com o tempo, essa pode tornar-se a experiência normal, mas nunca é assim que a vida de oração se inicia. No princípio, os sentimentos de miséria e de ausência costumam dominar, mas as melhores orientações para essa fase insistem em que não desistamos, mas, sim, que resistamos e oremos de modo disciplinado, até passarmos “do dever ao prazer” (Packer e Nystrom).


É preciso tomar cuidado para não entendermos mal essas afirmações. Épocas de aridez podem voltar por vários motivos. Não passamos uma quantidade estanque de tempo no deserto até adentrarmos de forma permanente em prazer e sentimento. Em vez disso, a vívida reorientação da mente e a percepção geral de Deus no coração vêm com maior frequência e às vezes de maneira surpreendente, intercaladas a tempos de luta e até mesmo de ausência. Apesar disso, a busca de Deus na oração acaba dando frutos, porque Deus nos busca para adorá-lo (Jo 4.23) e porque a oração é tão infinitamente rica e maravilhosa.


A Bíblia toda fala de Deus; por isso, a prática da oração é tão disseminada em suas páginas. A grandiosidade da oração nada mais é que uma extensão da grandiosidade e da glória de Deus em nossa vida. As Escrituras são um longo testemunho dessa verdade.


Em Gênesis, vemos cada um dos patriarcas – Abraão, Isaque e Jacó – orando com intimidade e franqueza. A oração obstinadamente insistente de Abraão para que Deus tivesse misericórdias das cidades pagãs de Sodoma e Gomorra é digna de nota (18.23ss.). Em Êxodo, a oração foi a maneira pela qual Moisés assegurou a libertação de Israel do Egito. O dom da oração engrandece Israel: “Que outra nação é tão grande e ponto de ter seus deuses tão perto quanto o Senhor nosso Deus está de nós sempre que o invocamos?” (Dt 4.7).


Deixar de orar, portanto, não é simplesmente violar uma regra religiosa; é deixar de tratar Deus como Deus. É pecar contra sua glória. “Longe de mim”, disse o profeta Samuel a seu povo, “acontecer de eu pecar contra o SENHOR deixando de interceder por vocês” (1Sm 12.23). O rei Davi compôs grande parte do Saltério, o livro de oração inspirado por Deus, com abundantes apelos a “ti que respondes às orações” (Sl 65.2). Seu filho Salomão construiu o templo em Jerusalém e em seguida dedicou-o com uma oração magnífica (1Rs 8.22-53; 2Cr 6.14-42). O principal pedido de Salomão em relação ao templo era que nele Deus ouvisse orações do seu povo – de fato, a oração mais eminente de Salomão foi pela dádiva da própria oração (1Rs 8.30, 33, 35, 38, 42, 22, 45, 49). Além disso, ele esperava que os povos de outras nações “ouçam o seu grande nome [...] e orem voltados para este templo” (1Rs 8.42). De novo, vemos que a oração nada mais é que um reconhecimento da grandiosidade divina.


O livro de Jó é basicamente o registro do sofrimento e da dor de Jó – enfrentados com oração. No fim, Deus se ira contra os amigos insensíveis de Jó e lhes diz que só se absterá de puni-los se Jó orar por eles (42.8). A oração permeou o ministério de todos os profetas do AT. O livro de Jonas é em grande parte um registro de orações: a petição dos marinheiros atemorizados (Jn 1), a confissão de Jonas no ventre do grande peixe (Jn 2) e sua murmuração chocante contra a “irresponsável e extravagante misericórdia de Deus” (Jn 4.2). Elias, pela oração, invocou fogo do céu diante do povo em uma exibição espetacular (1Rs 18.36) e quase de imediato, abatido e esgotado, recebeu a terna misericórdia de Deus e ajuda por meio da oração (1Rs 19.4ss.). O sucessor de Elias, Eliseu, salvou a vida de um menino e uma cidade inteira do cerco; ambos pela oração (2Rs 3.44; 6.18). Quando o rei Ezequias recebeu uma carta autoritária do rei assírio ameaçando aniquilar Jerusalém, pegou a carta, que “estendeu diante do Senhor”, e orou. Deus livrou a cidade (2Rs 19.14-20). Ezequias foi mais tarde liberto da enfermidade por meio da oração. O livro de Habacuque nada mais é que um diálogo em forma de oração entre o profeta e Deus (Hc 3). Habacuque esperou em oração pelas respostas de Deus a suas questões (Hc 2.1-3).


A oração pode ter sido a via comum pela qual a própria Palavra de Deus chegou até eles. A preservação e o retorno dos judeus do exílio babilônico foram essencialmente conduzidos por meio da oração. O exílio deles começou com um chamado a orar pela cidade pagã e seus vizinhos (Jr 29.7). Daniel, quase executado pelas autoridades babilônicas por sua insistência em orar três vezes ao dia (Dn 6.7-12), faz uma oração de arrependimento por seu povo (Dn 9.1-18), pede seu retorno e é ouvido (vv. 21-23). Mais tarde, Neemias reconstrói os muros em torno de Jerusalém com uma mescla de grandes orações e sábia liderança (Ne 1.1-11; 2.4). Ele costumava orar também por proteção até que a obra do muro estivesse concluída (4.9; 6.9). Mais tarde, Esdras protege o povo que volta do exílio na Babilônia para Judá por meio da oração (Ed 8.23). Tanto Esdras (Ed 9.1ss.) quanto Neemias se arrependem e buscam o perdão pelos pecados do povo.


Jesus Cristo ensinou seus discípulos a orar (Mt 6.5-15; 21.22; Mc 11.24-25; Lc 11.1-13; 18.1-8), curou pessoas com orações (Jo 11.41-42), denunciou a corrupção da adoração no templo (que deveria ser uma “casa de oração” – Mt 21.13; Mc 11.17; Lc 19.46) e insistiu que alguns demônios só poderiam ser expulsos por meio da oração (Mc 9.29). Orava de forma frequente e regular (Mt 14.23; Mc 1.35; 6.46; Lc 5.16; 9.18) com clamor e lágrimas fervorosos (Hb 5.7), às vezes a noite inteira (Lc 6.12). Salvou Pedro do esmorecimento espiritual através da oração (Lc 22.32). Enquanto orava, o Espírito Santo desceu sobre ele e o ungiu (Lc 3.21-22) e, enquanto orava, foi transfigurado com a glória divina (Lc 9.29). Ele enfrentou sua maior crise com a oração. Nós o ouvimos orando pelos discípulos e pela igreja na noite antes de morrer (Jo 17.1-26) e depois, rogando a Deus em agonia no Jardim do Getsêmani (Mt 26.36-45; Mc 14.32-40; Lc 22.39-46). Por fim, morreu orando (Mc 15.35), inclusive em favor dos seus inimigos (Lc 23.34) e entregando-se a Deus (Lc 23.46).


Logo após a morte de seu Senhor, os discípulos se prepararam para o futuro estando juntos “constantemente em oração” (At 1.14). Todas as reuniões da igreja são “dedicadas [...] à oração” (At 2.42; 11.5; 12.5, 12). O poder do Espírito desce aos primeiros cristãos em resposta a orações poderosas (At 4.24, 31), e líderes são escolhidos e constituídos somente com oração (At 6.6; 13.3; 14.23). Os apóstolos – mestres e líderes da igreja primitiva – acreditavam que precisavam dedicar tanta atenção à oração quanto dedicavam ao ensino da Palavra (At 6.4). Espera-se que todos os cristãos tenham uma vida de oração regular, fiel, dedicada e fervorosa (Rm 12.2; 15.30; Cl 4.2; Ef 6.18). No livro de Atos, a oração é um dos principais sinais de que o Espírito entrou no coração de alguém pela fé em Cristo. O Espírito nos dá a confiança e o desejo de orar a Deus (Gl 4.6; Rm 8.14-16) e capacita-nos a orar mesmo quando não sabemos o que dizer (Rm 8.26). Os cristãos aprendem que a oração deve dominar seus dias inteiros (Fp 4.6) e sua vida toda – eles devem orar “sem cessar” (1Ts 5.17). Todas as pessoas à nossa volta deveriam ser objeto de oração (1Tm 2.1), inclusive os enfermos (Tg 5.13-16). Todo dom que você recebe deve ser consagrado por meio da oração – deve-se agradecer a Deus por ele a fim de que o coração não endureça pela ilusão da autosuficiência (1Tm 4.5). As orações e os louvores dos nossos lábios são agora o sacrifício mais agradável que podemos oferecer a Deus (Hb 13.15; Ap 5.8).


A oração é tão poderosa que, sempre que lemos a Bíblia, lá está ela. Por quê? Em qualquer lugar que Deus se encontre, lá estará a oração. Uma vez que Deus está em toda parte e é infinitamente grande, a oração deve permear toda a nossa vida.



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