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Foto do escritorChristian Lo Iacono

O equilíbrio entre guardar e doar - II| Série: O bom samaritano e a igreja | Parte VII

3 Se alguém ensina outra doutrina e não concorda com as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo e com o ensino segundo a piedade,4 esse é orgulhoso e não entende nada, mas tem um desejo doentio por discussões e brigas a respeito de palavras. É daí que nascem a inveja, a provocação, as difamações, as suspeitas malignas5 e as polêmicas sem fim da parte de pessoas cuja mente é pervertida e que estão privadas da verdade, supondo que a piedade é fonte de lucro.

6 De fato, grande fonte de lucro é a piedade com o contentamento.7 Porque nada trouxemos para o mundo, nem coisa alguma podemos levar dele.8 Tendo sustento e com que nos vestir, estejamos contentes.9 Mas os que querem ficar ricos caem em tentação, em armadilhas e em muitos desejos insensatos e nocivos, que levam as pessoas a se afundar na ruína e na perdição.10 Porque o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e atormentaram a si mesmos com muitas dores.

11 Mas você, homem de Deus, fuja de tudo isso. Siga a justiça, a piedade, a fé, o amor, a perseverança, a mansidão.12 Combata o bom combate da fé. Tome posse da vida eterna, para a qual você também foi chamado e da qual fez a boa confissão diante de muitas testemunhas.13 Diante de Deus, que preserva a vida de todas as coisas, e diante de Cristo Jesus, que, na presença de Pôncio Pilatos, fez a boa confissão, eu exorto você14 a guardar este mandato imaculado, irrepreensível, até a manifestação de nosso Senhor Jesus Cristo,15 a qual, no tempo certo, há de ser revelada pelo bendito e único Soberano, o Rei dos reis e Senhor dos senhores,16 o único que possui imortalidade, que habita em luz inacessível, a quem ninguém jamais viu, nem é capaz de ver. A ele honra e poder eterno. Amém!

17 Exorte os ricos deste mundo a que não sejam orgulhosos, nem depositem a sua esperança na instabilidade da riqueza, mas em Deus, que tudo nos proporciona ricamente para o nosso prazer.18 Que eles façam o bem, sejam ricos em boas obras, generosos em dar e prontos a repartir;19 ajuntando para si mesmos um tesouro que é sólido fundamento para o futuro, a fim de tomarem posse da verdadeira vida.


1Timóteo 6.3-19



No último sermão vimos basicamente que o ministério de misericórdia é custoso, e que uma oferta insignificante pode não apenas ser sinal de mesquinhez, mas também de avareza (2Co 9.5). Além disso, ajudar os necessitados, além recursos, requer investimento pessoal de tempo e energia mental/emocional.

 

Também vimos que o cristão é chamado a um estilo de vida modesto: "Que a vida de vocês seja isenta de avareza. Contentem-se com as coisas que vocês têm, porque Deus disse: ‘De maneira alguma deixarei você, nunca jamais o abandonarei’" (Hb 13.5). O motivo principal do cristão para ganhar dinheiro é ser excelente em seu trabalho para a glória de Deus (Cl 3.22-25).

 

O segundo motivo (p/ ganhar dinheiro) é ser frutífero em boas obras. Acumulamos riqueza para fazer obras de misericórdia e expandir o reino de Deus. 2Co 9.8-9: “Deus pode tornar abundante em vocês toda graça, a fim de que, tendo sempre, em tudo, ampla suficiência, vocês sejam abundantes em toda boa obra, como está escrito: ‘Distribuiu, deu aos pobres, a sua justiça permanece para sempre.’"

 

As riquezas e o chamado de Deus

 

Os textos até aqui trabalhados talvez levem o leitor a concluir: (1) que o rico deve doar todo o seu dinheiro imediatamente; (2) que a riqueza substancial é sinal de maldade e de falta de caridade. No entanto, essas conclusões não têm apoio na Bíblia. O ensino bíblico sobre a riqueza é equilibrado.

 

Paulo, em sua primeira carta a Timóteo, afirma que "os que querem ficar ricos caem em [...] armadilhas" (6.9) e, logo adiante, no v. 17, ele diz: “Exorte os ricos deste mundo a que não sejam orgulhosos, nem depositem a sua esperança na instabilidade da riqueza, mas em Deus, que tudo nos proporciona ricamente para o nosso prazer. 18 Que eles façam o bem, sejam ricos em boas obras, generosos em dar e prontos a repartir; 19 ajuntando para si mesmos um tesouro que é sólido fundamento para o futuro, a fim de tomarem posse da verdadeira vida (1Tm 6.17-19).

 

Observe que Paulo não diz aos ricos que deixem de enriquecer. Sua admoestação pressupõe que eles continuarão com a mesma situação financeira, mas, no caso dos cristãos, sua condição se transformará em um "chamado", uma espécie de "dom espiritual".

 

Em primeiro lugar, os ricos são instruídos a desenvolver uma teologia saudável sobre a riqueza. A riqueza vem de Deus, então o rico não deve ser arrogante (v. 17). As pessoas têm muita dificuldade em acreditar que Deus concede riquezas! A habilidade e a dedicação ao trabalho são instrumentos que comumente Deus usa para lhes prover recursos materiais. Essas pessoas geralmente acreditam que sua riqueza é resultado dos próprios esforços.

 

Em segundo lugar, os ricos devem usar seu dinheiro para se enriquecerem com boas obras (v. 18). A ênfase está em "sejam ricos". Não se trata de mero simbolismo. A admoestação de Paulo lembra as palavras do Senhor Jesus, quando ele disse: "Vendam os seus bens e deem esmola; façam para vocês mesmos bolsas que não desgastem, tesouro inesgotável nos céus, onde o ladrão não chega, nem a traça corrói" (Lc 12.33). Riqueza disponível que não é usada na obra de Deus ameaça as próprias raízes da vida espiritual do cristão. “O que foi semeado entre os espinhos é o que ouve a palavra, porém os cuidados do mundo e a fascinação das riquezas sufocam a palavra, e fica infrutífera (Mt 13.22).

 

Mas como harmonizar 1Timóteo 6.6-9 com 6.17-19? Como é que Paulo manda os cristãos se contentarem com uma vida mais simples e não buscarem riquezas, e também diz aos ricos que eles receberam um chamado especial? Certamente Paulo não está instituindo dois padrões diferentes para duas classes de pessoas. Temos de concluir que, embora haja cristãos ricos, não deve haver cristãos que se esbaldam na riqueza. Cristãos da classe média e alta não são obrigados a distribuir toda a sua fortuna; contudo, devem investi-la em boas obras, e não no próprio conforto. A riqueza é nociva se for usada "para vocês" (Mt 6.19, NVI).

 

Não devemos acumular riquezas se o propósito é dizer: "Alma, armazenaste muitos bens para vários anos; descansa, come, bebe, alegra-te" (Lc 12.19, RSV). Vejamos o que diz Provérbios nesse sentido: “não me dês nem a pobreza nem a riqueza; dá-me o pão que me for necessário; 9 para não suceder que, estando eu farto, te negue e diga: Quem é o Senhor? Ou que, empobrecido, venha a furtar e profane o nome de Deus” (30.7-9).

 

Porém, o bom mordomo de Deus sabe que a riqueza, se administrada corretamente, produzirá mais boas obras ao longo do tempo do que se for doada toda de uma vez para obras de beneficência.

 

O cristão rico deve se lembrar que o chamado ao contentamento por meio de um estilo de vida moderado foi feito a ele, assim como aos que têm pouco. Em 1Timóteo 6.6-8 Paulo instrui o pobre a não se amargurar pela falta de riqueza, mas a se satisfazer com uma condição financeira modesta. E ele também instrui o rico a não ser soberbo, mas a se satisfazer de bom grado com um padrão de vida mais modesto.

 

Diretrizes para um viver justo

 

Como aplicar de forma prática esses princípios bíblicos ao nosso padrão de vida? O que significa um estilo de vida modesto? É correto, por exemplo, uma família cristã ter dois carros? Quanto devemos doar aos necessitados?

 

Repartindo o fardo

 

Em primeiro lugar, devemos ofertar de modo a sentir o fardo dos necessitados. Jonathan Edwards conversou com muitas pessoas que lhe disseram: "Não me sobra nada; tenho apenas o suficiente para mim e minha família". Edwards iniciava sua resposta questionando a expressão "apenas o suficiente": “Os ricos talvez digam que têm apenas o suficiente para si mesmos [...] para preservar sua honra e dignidade, como é adequado à posição em que se encontram. Os pobres [...] dirão que eles não têm quase nada [...]; os que se encontram no meio dirão que eles têm muito pouco [...]; e assim, não sobra ninguém para ajudar o pobre.”

 

Ou seja, as famílias adaptam seu padrão do que é "suficiente" às expectativas da classe social a que pertencem. Essa não é a maneira de estabelecer um padrão de vida! Edwards propõe uma alternativa: “Em muitos casos, segundo a regra do evangelho, talvez sejamos obrigados a ajudar o próximo quando não pudermos fazê-lo sem que isso traga sofrimento para nós mesmos. Se as dificuldades e as necessidades do próximo são muito maiores que as nossas, e percebemos que ele não tem saída que não seja a nossa ajuda, temos de nos dispor a sofrer com ele e a levar parte de seu fardo. De outro modo, como cumpriremos a ordem de carregar o fardo uns dos outros? Se vamos aliviar o fardo do próximo apenas quando isso não nos pesar, então como carregaremos o fardo do próximo se não queremos carregar fardo nenhum?

 

Essa ilustração é muito vívida. O pobre é alguém que carrega um fardo: do desconforto, da inconveniência. Portanto, quando o cristão diz: "Não tenho como ajudar os pobres", o que está dizendo de fato é: "Se eu ajudar, terei de baixar meu padrão de vida". Em outras palavras, um pouco do fardo do pobre cairia sobre seu benfeitor. O benfeitor não poderia ter as tão esperadas férias ou o carro de seus sonhos. "Ora", Edwards argumenta, "não é exatamente isso que a Bíblia exige? Se o pobre não o sobrecarrega nem diminui seu padrão de vida de forma nenhuma, você tem de ajudar mais!".

 

Esse princípio tem ramificações para nós todos. O que dizer da família rica que pode dar o dízimo de acordo com sua renda sem que seu padrão de vida sofra uma vírgula que seja? Edwards diria que essa família deve ofertar mais. Será que essa família está carregando e sentindo um pouquinho do fardo do necessitado?

 

O princípio também se aplica às pessoas para as quais o cristão não é obrigado a dar mais que 10% de sua renda aos pobres e ao Senhor. À luz de 1Timóteo 6, Hebreus 13.5 e Gálatas 6.2, como alguém que ganha um milhão de dólares por ano pode gastar 900 mil dólares com familiares, roupas e propriedades? Usar a lei do dízimo como base para tal comportamento é uma forma de farisaísmo. O dízimo era uma exigência da Lei Mosaica e foi confirmada por Jesus (Mt 23.23). Porém, o dízimo é somente um lembrete de que Deus é o dono de todos os nossos bens. O dízimo não pode ser usado como defesa contra as admoestações para ofertarmos segundo o modelo de Cristo, que se tornou pobre por nossa causa (2Co 8.8,9 — Cristo foi muito além do dízimo!), ou como defesa contra apelos para vivermos modestamente e sermos ricos em boas obras.

 

Discernindo o chamado

 

Em segundo lugar, devemos manter somente os recursos necessários para nosso chamado e para as oportunidades de ministério. É preciso ter em mente também que "misericórdia", "ajuda", "serviço" são citados como dons espirituais. Sabemos que algumas pessoas têm dons especiais e, portanto, são chamadas a trabalhar com os pobres, os necessitados, os idosos, os deficientes e assim por diante. Outras não são chamadas a um ministério de misericórdia tão radical.

 

Mas existe sempre um grande perigo quando falamos dos dons espirituais. Todos os cristãos devem ser testemunhas de Cristo, mas apenas alguns têm o dom de evangelismo. Da mesma forma, todos os cristãos devem realizar obras de misericórdia, mas apenas alguns têm o dom específico da misericórdia (Rm 12.8). Nesse caso, corremos o risco de cair em um de dois erros opostos. De um lado, nos esquivamos do ministério com essa desculpa: "Sinto muito, mas não tenho esse dom! Não consigo trabalhar com os pobres!". Do lado oposto, talvez sintamos muita culpa ao ouvir sobre cristãos que entregaram a vida em ministérios impressionantes entre os necessitados das metrópoles então pensamos: "Não consigo ser assim! Sou um péssimo crente!".

 

O jornal Philadelphia Inquirer contou a história de uma família cristã da classe operária que abriu sua casa aos sem-teto. Em dois anos, receberam quase cinquenta pessoas em sua casinha apertada. Como resultado desse ministério, a família vive em estado de pobreza. Esse é o modelo para todas as famílias cristãs? Provavelmente não. Essa família tem dons e chamado específicos que nem todas as famílias têm. Mas reconhecer essa diferença não é desculpa para negligenciarmos nossa obrigação (Keller).

 

Toda família cristã (como Newton lembra ao citar Lucas 14) precisa abrir sua casa e alimentar os pobres. Toda família cristã deve ter o próprio ministério de misericórdia. Precisamos ter o cuidado de não inventar desculpas para escapar de nossa responsabilidade nem viver sob culpa eterna diante dos exemplos brilhantes de outras pessoas.

 

Ao estender a mão ao necessitado, talvez descubramos um chamado que nos passava despercebido. A fim de confirmar o chamado de Deus para um ministério específico, veja se há uma combinação de três elementos. É preciso haver desejo de realizá-lo, capacidade para realizá-lo e oportunidade de realizá-lo. O chamado existe somente se esses três elementos estiverem presentes. Todos os cristãos são chamados a exercer misericórdia. Contudo, verifique a possibilidade de Deus estar chamando-o a um envolvimento mais profundo com pessoas carentes.

 

Esse princípio é muito importante. Nenhuma família pode, do nada, simplesmente adotar medidas rigorosas para reduzir o estilo de vida. O resultado será ressentimento e confusão. O ministério de misericórdia será algo abstrato para tal família. O viver sacrificial será frutífero e saudável apenas quando a família tiver um ministério específico em mente. Os cristãos que baixam o padrão de vida com o objetivo de iniciar um trabalho entre pessoas carentes encontram crescimento espiritual para si e seus familiares. O propósito do sacrifício será claro.

 

No entanto, sem o chamado específico para um ministério, seria contraproducente a uma família baixar seu padrão de vida de forma repentina e drástica, motivada por sentimento de culpa e condenação, mesmo que resultante do estudo da Bíblia.

Como é difícil alcançar esse equilíbrio! Por um lado, seria muito fácil não encontrar maneiras de realizar obras de misericórdia e continuar com nossa vidinha confortável e descomprometida! Por outro, seria muito fácil destruir a família (especialmente os filhos) obrigando-a a levar uma vida de sacrifícios para a qual não está preparada nem foi chamada!

 

Sustentando nossa família

 

Em terceiro lugar, não podemos ser generosos a ponto de nós e nossa família nos tornarmos um peso para os outros.

 

Vimos na semana passada que Newton e outros desencorajaram o investimento excessivo em poupança ou aposentadoria. Mesmo assim, a sabedoria nos ensina que não devemos doar nosso dinheiro de modo que, mais tarde, nós e/ou nossos filhos nos tornemos fardos para os outros. De várias maneiras, esse é o equilíbrio mais difícil de ser encontrado.

 

Muitos cristãos ensinam que comprar plano de saúde ou fazer seguro é falta de confiança em Deus. Contudo, Provérbios elogia a formiga, que "faz a provisão do seu mantimento no verão" (6.8). Quem "não cuida dos seus [...] tem negado a fé e é pior que um descrente" (1Tm 5.8). Segundo Newton, não devemos guardar muito dinheiro. Mas, em sua época, ele não tinha ideia das nossas despesas médicas atuais. “Quanto poupar” é questão a ser decidida pela consciência do cristão.

 

No entanto, lembremos nossa consciência de que somos propensos a investir mais em nossa família do que nos pobres. Em um sermão cujo tema era a ajuda aos pobres, Thomas Gouge, em resposta à objeção "Se eu for muito generoso em minhas ofertas, talvez fique necessitado antes de morrer", disse:

 

“‘Quem dá aos pobres não passará necessidade’ (Pv 28.27) [...] o pobre tem direito a uma parte dos teus bens, tanto quanto os teus filhos [biológicos]; porém, a uma parte menor que a destes. Em relação a essa parte dos bens do rico da qual ele pode abrir mão, o Espírito de Deus a considera ‘direito’ do pobre, a quem ela pertence; pois o Espírito diz: ‘Não deixe de fazer o bem aos que dele precisam, estando em sua mão o poder de fazê-lo’ (Pv 3.27). Ao comentar esse versículo, um dos pais da igreja afirmou: ‘É o pão do faminto que mofa na tua despensa; é a roupa do nu que está pendurada inutilmente em teu guarda-roupa; é o ouro do pobre que enferruja em teu cofre’ [Basílio]. Portanto, tua ajuda ao necessitado não é apenas um gesto de misericórdia que decides fazer ou não, mas é também um ato de justiça, que és obrigado a cumprir.”

 

Talvez, em resumo, devamos chamar os cristãos não a um viver "simples", mas a um "viver justo". O "viver simples" é um termo útil, mas sugere que esse estilo é uma opção. Também pode tornar-se um exercício abstrato de autonegação e um fim em si mesmo, e não ser um meio para o fim do ministério direto. A "ajuda ao necessitado não é apenas um gesto de misericórdia, mas é também um ato de justiça, que és obrigado a cumprir".

 

CONCLUSÃO

 

A Bíblia incentiva os cristãos a se satisfazerem com um padrão de vida modesto, pautado pelas necessidades básicas da vida. Mas a Bíblia não condena o rico nem diz que é pecado adquirir riquezas. Deus aprova a dedicação ao trabalho, e a riqueza geralmente é fruto dele. Contudo, o rico não está isento do chamado feito a todos os cristãos para que sejam moderados em seu estilo de vida, nem de ofertar sacrificialmente aos necessitados.

 

Como determinar a quantia a ser doada? Certifique-se de que sua ajuda afete seu padrão de vida de maneira que você possa sentir o fardo do necessitado. Depois, analise os dons de sua família e as oportunidades de ministério, e descubra o chamado de Deus para vocês. Cada pessoa e cada família devem ministrar em misericórdia. O Senhor chama algumas pessoas para ministérios mais abrangentes ao lhes conferir desejo, capacidade e oportunidade para tanto.

 

Por último, é importante prover a sua família de modo que nem você nem os seus se tornem um fardo para terceiros. Acima de tudo, confie em Deus!


Assista o Sermão completo no Youtube:








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