Série Igreja: Servindo uns aos outros | Parte X
- Christian Lo Iacono
- 8 de jan.
- 13 min de leitura
Atualizado: 9 de jan.
1 Portanto, irmãos, pelas misericórdias de Deus, peço que ofereçam o seu corpo como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus. Este é o culto racional de vocês.2 E não vivam conforme os padrões deste mundo, mas deixem que Deus os transforme pela renovação da mente, para que possam experimentar qual é a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.
O devido uso de dons espirituais
3 Porque, pela graça que me foi dada, digo a cada um de vocês que não pense de si mesmo além do que convém. Pelo contrário, pense com moderação, segundo a medida da fé que Deus repartiu a cada um.4 Porque assim como num só corpo temos muitos membros, mas nem todos os membros têm a mesma função,5 assim também nós, embora sejamos muitos, somos um só corpo em Cristo e membros uns dos outros.6 Temos, porém, diferentes dons segundo a graça que nos foi dada: se é profecia, seja segundo a proporção da fé;7 se é ministério, dediquemo-nos ao ministério; o que ensina dedique-se ao ensino;8 o que exorta faça-o com dedicação; o que contribui, com generosidade; o que preside, com zelo; quem exerce misericórdia, com alegria.
Romanos 12.1-8
Colocando em prática os dons do Espírito em prol do Corpo
Discípulos de Cristo não são meros espectadores na igreja, mas servos. Cristãos não podem ver a igreja como "o lugar onde se ouvem sermões", mas como "onde se serve". Não me entenda mal: sermões são importantes, mas os membros de uma igreja são colaboradores do ministério, e não meros consumistas ou acumuladores. A questão é que contribuir envolve empenhar tempo, talento e recursos em prol da saúde e do crescimento da comunidade de fé.
Muitos cristãos têm consciência de seu dever de servir ativamente na igreja, mas normalmente lhes faltam motivações fortes o suficiente para que consigam se comprometer com esse serviço contínuo. Gostaria de trazer três motivos bíblicos para o servir: (1) a misericórdia de Deus, (2) os dons do Espírito e (3) a volta de Cristo. O primeiro motivo direciona nossa atenção para o que Deus fez por nós; o segundo nos lembra de que fomos autorizados e capacitados a servir; e o terceiro nos ajuda a não esquecermos de que nosso serviço não é em vão! Essas razões advindas do evangelho nos dão motivos para servir que vão além do simples "sirvo porque é meu dever".
Motivados pela misericórdia de Deus
Em Romanos 12, Paulo exalta a misericórdia de Deus para com os pecadores e depois exorta os cristãos a servirem a Deus. A palavra "portanto" (Rm 12.1) remete ao que foi dito em Romanos 9-11, onde Paulo discute a salvação graciosa e misericordiosa demonstrada por Deus na figura do Messias (9.15-18, 10.11-13). Isso também nos remete à porção anterior, que desembocou em Romanos 9-11 (1.16-8.39). Somos exortados a viver à luz dessas misericórdias divinas, motivados pela provisão salvadora de Deus em Cristo, o que envolve reconhecer o poder e a esperança que desfrutamos agora como seres redimidos.
Quando ponderamos efetivamente em nosso coração acerca das misericórdias de Deus, somos inspirados a entregar-lhe nossas vidas em adoração e serviço (Rm 12.1-2). “Portanto, irmãos, pelas misericórdias de Deus, peço que ofereçam o seu corpo como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus. Este é o culto racional de vocês" (Rm 12.1). Temos de nos entregar a Deus por completo. Esse é nosso "culto racional", que pode também ser traduzido por "adoração/culto razoável”. Ou seja, quando você considera seriamente a misericórdia de Deus, oferecer a si mesmo é a reação mais lógica, racional e razoável.
A ideia de "sacrifício vivo" sublinha um importante aspecto da doutrina cristã. Nos primórdios do cristianismo, os cristãos eram acusados de ateísmo por não terem templos, ídolos ou sacrifícios, práticas comuns entre as religiões daquela época. Obviamente, quem adora o Deus vivo não pode ser ateísta, mas nosso sacrifício é pessoal: oferecemos nossas vidas a Deus em adoração. Cultuamos servindo, não simplesmente frequentando a igreja aos domingos ou cantando nos cultos. Fomos chamados para sermos adoradores integrais, compromissados com Deus em todas as áreas de nossa vida. É como se nos colocássemos no altar do sacrifício! Esse sacrifício do "eu" é considerado "santo e agradável a Deus" (v. 1). É assombroso pensar que o Deus do universo tem prazer quando eu e você sacrificamos a nós mesmos em serviço ao próximo!
Parte do que significa oferecer nosso corpo a Deus é explicado no versículo 2. Há duas ordens: "não vivam conforme os padrões deste mundo" e "deixem que Deus os transforme". Em primeiro lugar, parafraseando o versículo, não se deixe moldar pelo mundo. Nossa mentalidade deve ser diferente da do mundo. Segundo, seja transformado pela renovação da mente. Temos de deixar de lado a "inclinação da carne" (Rm 8.7), que caracteriza a humanidade e a mente depravada dos pagãos (Rm 1.28). Nossa mente precisa ser renovada pelo Espírito Santo (Rm 7.6, 8.27). Esse processo envolve empenhá-la no que é bom, verdadeiro e belo (veja Fp 4.8), e não pensar da mesma maneira de antes (Ef 4.22-32); envolve também alimentar a mente com as verdades da Escritura (Cl 3.16), e meditar na glória de Deus em Cristo (2Co 3.18).
O propósito do "eu" transformado e da mente renovada é para que experimentemos "qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus" (Rm 12.2). Em outras palavras, significa que seremos capazes de discernir e apreciar o que de fato honra a Deus, a fim de orientarmos nosso "eu" para obedecer à vontade do Senhor.
Portanto, quando pensar sobre quando e como servir sua igreja, leve em consideração a misericórdia de Deus. Lembre-se do que você merecia antes: condenação. E não se esqueça do que recebeu: salvação. Esses são, sem dúvida, motivos que o levarão a viver uma vida de serviço e adoração.
Motivado pelos dons do Espírito
Paulo ainda não acabou: "Porque, pela graça que me foi dada, digo a cada um dentre vós que não pense de si mesmo além do que convém; antes, pense com moderação, segundo a medida da fé que Deus repartiu a cada um" (Rm 12.3). A palavra "Porque" é importante, pois conecta esse versículo ao que foi dito anteriormente. O primeiro ensinamento de Paulo depois de exortar os cristãos a terem uma mente renovada é não pense muito de si mesmo.
Paulo não quer dizer que devemos nos depreciar, mas que temos de "julgar a nós mesmos sobriamente", ou seja, pensar de nós mesmos com precisão e de acordo com a realidade. Keller comenta: “Precisamos ter consciência de nossas qualidades e capacidades, pois, ao fazer isso, saberemos como servir aos outros. Temos de ser precisos em nosso conceito de nós mesmos: não nos depreciarmos, nem nos exaltarmos."
O significado da frase "segundo a medida da fé que Deus repartiu a cada um" (Rm 12.3) é controverso, mas creio que a melhor opção é lê-la à luz dos versículos seguintes, que tratam dos dons espirituais (Rm 12.4-8). Leia assim: a expressão "medida da fé" se refere às diferentes capacidades espirituais que Deus concedeu a cada um, e nesse sentido é equivalente à concessão de "dons espirituais" por parte de Deus (Bird). O Senhor, portanto, concedeu uma medida de graça e de fé a cada membro da igreja. Cada cristão recebeu dons (IPe 4.10). Não podemos pensar muito, nem pouco, de nós mesmos quando consideramos esses dons, mas devemos ser mordomos fiéis e humildes.
Em 1Coríntios 12-14, Paulo insere uma belíssima passagem sobre o amor no meio de seu ensino acerca dos dons espirituais (1Coríntios 13 não foi uma passagem originalmente escrita para ser lida em casamentos, mas para corrigir a visão acerca dos dons: dons devem servir à igreja, e não promover pessoas). Em Romanos 12, Paulo acrescenta uma seção sobre o amor (v. 9-21) logo após falar de dons espirituais (v. 3-8). Em ambas as passagens, o apóstolo usa a metáfora do corpo para a igreja local e discute o uso dos dons (1Co 12.12-31). O cristianismo é comunitário e nos chama ao serviço em amor; devemos, portanto, usar nossos dons em prol do corpo em amor.
"Porque assim como num só corpo temos muitos membros, mas nem todos os membros têm a mesma função, assim também nós, conquanto muitos, somos um só corpo em Cristo e membros uns dos outros" (Rm 12.4-5). Paulo, sem dúvida, adorava usar a figura "corpo de Cristo" para ilustrar a igreja (veja Ef 2.16, 3.6, 4.4,25, 5.29; Cl 3.15) — e por uma boa razão. Assim como um corpo é composto de vários membros, cada um com suas funções singulares, também o é a igreja local. Isso demonstra tanto nossa diversidade como nossa unidade. Somos diferentes: cada membro é único e importante para o corpo. Precisamos das mãos e dos dedos. Estamos unidos: somos um corpo em Cristo. Quando você vai ao banheiro, quanto do seu corpo vai junto? Ele todo! Somos um só corpo.
Em Romanos 12, Paulo menciona sete dons espirituais distintos (Rm 12.6-8). Essa não é uma lista exaustiva, mas exemplificativa (ele lista outros dons em 1Co 12.7-10, 28-30; Ef 4.11; 1Pe 4.10). O que não podemos ignorar nessa lista de Romanos 12 é o chamado do apóstolo para praticarmos nossos dons com excelência e amor:
“Temos, porém, diferentes dons segundo a graça que nos foi dada: se é profecia, seja segundo a proporção da fé; 7 se é ministério, dediquemo-nos ao ministério; o que ensina dedique-se ao ensino; 8 o que exorta faça-o com dedicação; o que contribui, com generosidade; o que preside, com zelo; quem exerce misericórdia, com alegria” (v. 6-8).
Podemos classificar esses dons em duas categorias: dons de fala e dons de serviço, ou dons verbais e não verbais. Os dons de fala incluem profecia, ensino, exortação e liderança (ainda que liderar envolva tanto serviço como ensino, o que poderia colocá-lo em outra categoria; mas liderança costuma envolver bastante ensino). Os dons de serviço incluem servir à igreja quando ela se reúne e os atos de misericórdia. Isso não significa que os que falam jamais servem, nem que aqueles que servem nunca falam! Os ministérios de "palavra e obra" funcionam dentro do corpo através do exercício de dons distintos. Quando colocamos em prática esses dons de palavras e de obras, edificamos o corpo de Cristo e glorificamos a Deus.
Dons de fala. Ensinar a fim de edificar os outros envolve tanto instrução do tipo formal como do tipo informal. Exortação inclui muitas coisas, como confortar, encorajar e confrontar, e pode ser feita tanto formal como informalmente. O mais polêmico dom dos citados em Romanos 12 é com certeza o de profecia. Ele é aqui separado de ensino e exortação, então não deve ser igualado à pregação e ao ensino. Sem me aprofundar em detalhes, esse dom envolve aplicar a Palavra de Deus de maneira mais espontânea e direcionada a situações específicas.
Dons de serviço. Servir envolve a ajuda prática para aqueles que precisam. Esse serviço humilde reflete a vida de nosso Senhor (Mc 10.42-45). Aqueles com o dom da contribuição são chamados a exercê-lo com "generosidade": o tipo de generosidade que reflete a generosidade de Deus (2Co 8.9). Aqueles com o dom da liderança devem liderar "com zelo". Aqueles com o dom da misericórdia, que ministram aos pobres, fracos e feridos, devem estar sempre "alegres" quando demonstram graça, em vez de servir com má vontade.
Repare na disposição de espírito que devemos ter ao colocar em prática tanto os dons de fala quanto os de serviço. Paulo menciona liberalidade, diligência e alegria. Essas devem ser as motivações por trás dessas ações, pois Deus se preocupa com nosso coração e com nossas motivações, e não apenas com nossas ações externas.
Em meio a toda essa exposição detalhada e discussão acerca dos dons espirituais, deixe-me apontar o óbvio: pratique esses dons em amor pelo bem do corpo. Você precisa fazer parte de uma igreja para ser edificado pelos dons dos outros e para que os outros sejam edificados por seus dons! Dons não nos são dados para nosso bel prazer ou para nos exaltarmos, nem para construirmos nossa reputação. Um cristão não tem o direito de privar a igreja de seus dons. Deus nos deu esses dons porque ele ama a igreja, e somos chamados a praticar nossos dons pelo bem de nossos irmãos e irmãs.
Uma questão sempre surge: "Como identifico meu dom?". E outra dúvida muito frequente também é: "Devo fazer apenas as coisas para as quais tenho algum dom?". Em relação à primeira pergunta, Tim Keller nos mostra que Paulo nos oferece duas maneiras de discernimos nossos dons:
1. Autoexame. À luz do chamado para "pensar com moderação", pergunte a si mesmo: "O que gosto de fazer? Sou bom no que gosto de fazer? Qual ministério me satisfaz? Quais os problemas mais comuns? Que oportunidades estão diante de mim?".
2. Experiência. À luz da declaração de Paulo de "exercermos" nossos dons, entenda que é necessário experiência para saber se você tem certo dom. Keller diz:
"É bom experimentar todos os tipos de ministério a fim de conhecer suas 'aptidões' espirituais". Ele acrescenta que você deve estudar as listas bíblicas de dons a fim de elaborar um inventário e aprimorar sua experiência.
A grande ideia por trás de tudo isso é a simples e desafiadora verdade de que seus dons não dizem respeito a você: eles existem para edificar o corpo.
Quanto à pergunta “Devo fazer apenas as coisas para as quais tenho algum dom?": não, não é preciso limitar seu serviço na igreja às coisas para as quais você tem dons particulares. Ainda que servir naquilo que somos dotados gere mais frutos e alegria, não podemos negligenciar os outros aspectos do serviço cristão. Alguns podem ter o dom da contribuição, mas isso não significa que esses devam ser os únicos responsáveis pelo sustento financeiro dos ministérios da igreja! Alguns podem ter o dom do ensino, mas isso não quer dizer que sejam os únicos chamados a fazer discípulos através dele (Mt 28.18-20). Um membro da igreja pode não ter o dom da misericórdia, mas ainda assim todos são chamados a exercê-la (Mq 6.8).
Portanto, eu encorajo você a buscar as áreas em que possa exercer seus dons espirituais; porém, ao mesmo tempo, a também não se aborrecer se for chamado a servir onde não é o mais dotado: entenda isso como um ato de amor. Não espere pelo surgimento da oportunidade perfeita para começar a servir: se envolva!
Motivado pelo retorno de Cristo
Em 1Pedro 4.7-11, encontramos outra importante motivação para servir:
“O fim de todas as coisas está próximo; portanto, sejam criteriosos e sóbrios para poderem orar. 8 Acima de tudo, porém, tenham muito amor uns para com os outros, porque o amor cobre a multidão de pecados. 9 Sejam mutuamente hospitaleiros, sem murmuração. 10 Sirvam uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu, como encarregados de administrar bem a multiforme graça de Deus. 11 Se alguém fala, fale de acordo com os oráculos de Deus; se alguém serve, faça-o na força que Deus lhe dá, para que, em todas as coisas, Deus seja glorificado, por meio de Jesus Cristo, a quem pertence a glória e o domínio para todo o sempre. Amém!”
"O fim está próximo", ou seja, o ato final da história da redenção está à nossa porta. Cristo voltará em glória. Portanto, sirva! Muitos, ao pensarem no retorno de Cristo, sentem vontade de apelar ao fanatismo ou a um drástico afastamento do mundo; Pedro, no entanto, não aponta para nada de extremo aqui, mas, pelo contrário, enfatiza o viver cristão ordinário: controlar a si mesmo e ter a mente sóbria, o que resulta em oração eficaz, amor sincero, hospitalidade graciosa e no exercício dos dons. Tanto o serviço como o ensino são habilitados pelo poder de Deus e exercitados para a sua própria glória.
Escatologia, o estudo das últimas coisas, não pode nos tornar fanáticos, mas esperançosos. À luz do retorno de Cristo, você e eu somos chamados a ser membros ativos da igreja, realizando fielmente as obras do ministério com o propósito de edificar o corpo. O fim está próximo: orem. O fim está próximo: amem uns aos outros com sinceridade. O fim está próximo: pratiquem a hospitalidade. O fim está próximo: sirvam!
Você crê que Jesus voltará? Você crê que ele recompensará aqueles que o serviram fielmente? Então, deixe que ele o inspire a servir sua igreja local. Não é necessário um cargo oficial para servir. E não limite seu serviço ao que é conveniente, empolgante, ou que chama a atenção dos outros. Sirva por amar a Cristo e ao seu povo, mesmo que o serviço pareça trivial. Quando vir a Cristo face a face e o ouvir dizer: "Muito bem, servo bom e fiel", você ficará feliz por ter servido!
Passos de ação
Você foi chamado e capacitado para servir. Mas como continuar "ávido para servir"? Eis aqui algumas ideias para sua consideração:
1. Mergulhe nas verdades do evangelho para obter motivação constante. Dado que o serviço cristão fiel é motivado por verdades teológicas (como a misericórdia de Deus, a capacitação do Espírito Santo e a volta do Filho), reflita avidamente acerca da obra redentora de Deus. Trago Keller novamente: "Falhar em entregar nosso “eu” em completa obediência a Deus não é apenas moralmente ofensivo: significa que falhamos também em pensar com clareza". Pense constantemente e com intensidade na graça e na misericórdia de Deus, e que seu serviço flua de um coração transbordante de gratidão e alegria.
2. Lembre-se de que o discipulado envolve mais do que saber algumas coisas. Ainda que maturidade envolva ser capaz de articular a verdade bíblica, viver a verdade bíblica também faz parte disso. Muitos cristãos conhecem vários versículos bíblicos, mas não servem a ninguém, sendo que alguns nem mesmo fazem parte de uma igreja.
Na semana que passou, citando o texto de João 21.24-25 – “Este é o discípulo que dá testemunho a respeito destas coisas e que as escreveu; e sabemos que o seu testemunho é verdadeiro. Há, porém, ainda muitas outras coisas que Jesus fez. Se todas elas fossem relatadas uma por uma, penso que nem no mundo inteiro caberiam os livros que seriam escritos” –, postei o seguinte: “Com uma habilidade maravilhosa e uma veracidade impecável, João escreveu o que precisamos saber sobre Jesus e nossa salvação. Ele não cedeu à nossa curiosidade. Não nos sobrecarregou de informações e incidentes. Desse momento em diante, toda a nossa energia concentra-se na fé, na obediência e no louvor. Você sempre fica curioso sobre as coisas que não sabe, em vez de obedecer às coisas que estão bem diante de seus olhos?”.
Crescemos em maturidade quando vivemos fielmente a vida cristã, que inclui o serviço cristão. Esta era tem sido chamada de "a era da informação", mas infelizmente não pode ser chamada de "a era da aplicação". Não se envolva apenas com estudos, conferências, blogs e discussões nas redes sociais. Vá lavar pés!
3. Faça da pregação da Palavra, do batismo e da Ceia do Senhor meios para cultivar um coração que se satisfaz no serviço. Toda vez que ouvir a pregação da Palavra, peça ao Senhor para convencer seu coração do pecado e para transformá-lo. Ser convencido do pecado não é algo ruim, mas, sim, muito bom. É um sinal do amor do Pai. Deus não nos disciplina com um chicote, mas com sua Palavra. Quando for convencido e desafiado, arrependa-se e prepare-se para se tornar um "praticante da Palavra" (Tg 1.22). Quando vir alguém ser batizado, lembre-se de seu próprio batismo. Lembre-se também do que o batismo significa: a morte do “velho eu” e o nascimento do “novo eu”. Quando participar da Ceia do Senhor, examine seu coração, dê graças a Jesus e reflita sobre o reino vindouro: permita que essa sagrada ordenança renove em você uma paixão por servir.
4. Seja um servo, não um crítico. É fácil discutir e criticar. Mas, em vez disso, escolha outro caminho: em humildade, aproveite as oportunidades de servir a Jesus e ao seu povo, mesmo se o que você for fazer pareça pequeno ou insignificante. Acolha uma família de visitantes na igreja, receba universitários em sua casa, contribua generosamente com os custos da congregação, cuide das crianças, voluntarie-se para missões urbanas, arrume os bancos, faça parte do grupo de louvor, acolha uma família de refugiados, leve comida a um irmão idoso, ou aconselhe um jovem estudante. Esses são alguns poucos exemplos de como você pode se dedicar às boas obras em nome de Jesus. Você foi chamado e capacitado a servir; você está disposto a isso?
5. Esteja atento às necessidades daqueles que trabalham na igreja e se ofereça para ajudar como for possível. Fique atento aos avisos, comunicados e a qualquer outra comunicação, para que você saiba o que está acontecendo e possa contribuir.
6. Pergunte aos seus líderes quais são as necessidades particulares e se ofereça para ajudar. Desse modo, você pode encontrar alguma oportunidade para colocar seus dons em prática ou simplesmente ajudar alguém.
7. Ore para que seus irmãos membros da igreja "sirvam ao Senhor com alegria" (Sl 100.2). Quando minha esposa faz aniversário e lhe dou um presente legal, minha resposta à pergunta "Por que você fez isso?" não é "Porque era meu dever". A atitude que honra minha esposa é: "É uma alegria para mim; não há ninguém como você". Da mesma forma, é servindo alegremente que demonstramos nosso amor a Deus e lhe damos glória, pois ele é o único digno de eterna glória e de eterno louvor.
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